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Literatura Portuguesa



Trindade Coelho

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O escritor português José Francisco Trindade Coelho nasce no Mogadouro, a 18 de junho de 1861.

Passa a sua infância em Trás-os-Montes e Alto Douro.

Cursa Direito na Universidade de Coimbra, obtendo o grau de Bacharel.

Em In Illo Tempore, de 1902, o autor transmite-nos a sua vivência enquanto estudante coimbrão.

Durante a sua permanência na Lusa Atenas – nome atribuído a Coimbra, por ser, tal como a cidade da Grécia Clássica, o centro da cultura e do conhecimento do País – colabora em diversos periódicos, usando o pseudónimo de Belisário.

Camilo Castelo Branco ajuda-o a obter o cargo de Delegado do Procurador Régio no Sabugal, tendo sido transferido para Lisboa em 1889, como se pode ler na Autobiografia que acompanha as edições mais recentes de Os Meus Amores, o seu mais conhecido livro de contos, cuja primeira edição é de 1891.

Desenvolveu um papel ativo na luta contra o analfabetismo, escrevendo Cartilha do Povo (1901), O ABC do Povo (1902), O Primeiro Livro de Leitura (1903), Segundo Livro de Leitura (1904) e Terceiro Livro de Leitura (1905).

Crises de esgotamento nervoso – que não se refletem na sua escrita – levam-no ao suicídio, a 9 de junho de 1908.

As memórias dos tempos passados em Trás-os-Montes e Alto Douro estão sempre presentes nos seus livros repletos de gente cândida, raiando a ingenuidade, refletindo uma vivência digna, idílica e patriarcal, onde velhos e estagnados costumes se sobrepõem aos novos ventos da modernidade, como, por exemplo, em A Lareira e Idílio Rústico.




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