A 16 de novembro de 1717, nasce, em Paris, Jean le Rond d'Alembert, filósofo, matemático e físico francês, que participou na edição da Encyclopédie.
Era fruto de um relacionamento extraconjugal da escritora Claudine Guérin de Tencin com Louis-Camus Destouches, um oficial de artilharia das Forças Armadas.
Foi abandonado pela sua mãe nos degraus da capela de Saint-Jean-le-Rond e adotado por Madame Rousseau casada com um vidraceiro que cuidou dele como se fosse seu filho. Esta atribui-lhe o nome de Jean-le-Rond, patrono da igreja onde fora deixado.
Quando D’Alembert se tornou célebre, a mãe biológica quis aproximar-se dele mas já era tarde:
- Tu és a minha madrasta – disse ele - a minha mãe verdadeira é a mulher do vidraceiro!
E, com estas palavras, fez à mãe o que ela anos antes lhe fizera: abandonou-a.
D'Alembert estudou teologia no Collège des Quatre-Nations e formou-se em Direito, descobrindo posteriormente uma inata vocação para a Matemática e Física.
Os seus trabalhos sobre Cálculo Integral permitiram-lhe entrar no colégio das ciências em 1741, com apenas 24 anos de idade.
O seu Tratado da Dinâmica seria publicado dois anos mais tarde.
Onze anos depois, foi nomeado membro da Academia Francesa.
Distinguiu-se no campo da astronomia e da matemática, com estudos de equações com derivadas parciais e o seu uso na física. Provou, também, que todas as equações polinomiais a uma variável de grau N têm exatamente N soluções.
No entanto, o seu trabalho mais importante e mais conhecido foi realizado em parceria com Denis Diderot, tendo reunido num livro a que chamou Encyclopédie todas as descobertas científicas da sua época. Esta obra estaria na origem de todas as futuras enciclopédias.
Foi, ainda, autor dos livros Discours préliminaire de l'Encyclopédie e de um tratado de dinâmica.
Demonstrou o teorema fundamental da álgebra que afirma que toda a equação algébrica tem, pelo menos, uma raiz real ou imaginária (teorema de D'Alembert).
D'Alembert foi, também, o primeiro a chegar a uma solução para o problema da precessão dos equinócios.
Faleceu, em Paris, a 29 de outubro de 1783.
É dele a conhecida citação:
«A Morte é um bem para todos os homens; é como a noite desse dia inquieto que se chama vida.»
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