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EFEMÉRIDES

Aconteceu a 2 de julho de 1566



Morte de Nostradamus

A 2 de julho de 1566, morre, em Salon-de-Provence, Michel de Nostredame ou Miquèl de Nostradama, que, mais tarde, haveria de latinizar o seu apelido para Nostradamus, nome pelo qual ficou conhecido.

Desempenhou as funções de farmacêutico e médico, embora se desconheça se completou a respetiva formação universitária e ficou famoso pela suposta capacidade de vidência.

Nostradamus havia nascido a 14 ou a 21 de dezembro de 1503, em Saint-Rémy-de-Provence, no sul da França.

Aos 15 anos, entra na Universidade de Avinhão onde estuda, entre outras matérias, o Trivium (gramática, retórica e lógica) mas tem de abandonar esta formação académica ao fim de um pouco mais de um ano, por causa de uma epidemia de peste negra.

De 1521 a 1529, viaja pela França em busca de ervas medicinais, exercendo a profissão de farmacêutico.

Em 1929, entra na Universidade de Montpellier para cursar medicina mas foi expulso no ano seguinte, porque descobriram que ele já era farmacêutico, o que era proibido segundo os estatutos da universidade. O documento de expulsão (BIU Montpellier, Register S 2 folio 87) ainda se encontra na biblioteca da universidade.

De regresso à sua profissão de farmacêutico, cria uma pílula contendo altas doses de vitamina C, a qual, supostamente, protegeria as pessoas da peste negra.

Nas suas incursões pela alquimia, foi o primeiro a descrever o ácido benzoico, obtido por sublimação da goma de benjoim, produzida pelo benjoeiro.

Em 1537, a morte da esposa e dos dois filhos de Nostradamus vitimados supostamente pela peste negra, levam-no a incentivar ainda mais o estudo de ervas medicinais, na procura de uma cura ou prevenção para aquela praga.

Em 1547, casa-se, novamente, tendo tido três filhos e três filhas.

Nostradamus poderá ser considerado um homem erudito em relação à sua época: lia textos diretamente em grego e latim e possuía conhecimentos de astrologia e astronomia. Porém, o que tornaria universalmente conhecido Nostradamus haveria de ser os seus conhecimentos sobre ocultismo e a sua suposta habilidade de prever o futuro.

Para além de escrever almanaques anuais, lança o livro Les Prophéties (As Profecias), composto de versos agrupados em quatro linhas (quadras) em versos métricos decassílabos, organizados em blocos de cem, daí o nome de centúrias.

Algumas pessoas acreditam, ainda hoje, que estes versos contêm previsões codificadas sobre o futuro. No entanto, a sua escrita permite inúmeras interpretações e os detratores destas profecias lembram que estas só se tornam plausíveis depois dos acontecimentos terem ocorrido, não permitindo um conhecimento antecipado das ocorrências.