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EFEMÉRIDES

Aconteceu a 3 de maio de 1985



Desaparecimento da Marinha Mercante portuguesa

A 3 de maio de 1985, um triste acontecimento ocorre: são extintas, respetivamente através do Decreto-Lei n.º 137/85 e do Decreto-Lei n.º 138/85, a Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos (CPTM) e a Companhia Nacional de Navegação (CNN).

A Companhia Colonial de Navegação deteve 47 navios de 1922 a fevereiro de 1974, altura em que se fundiu com a Empresa Insular de Navegação, constituindo a Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos atrás referida. Foi proprietária dos três maiores paquetes de seu tempo: o Infante Dom Henrique (1961), o Santa Maria (1953) e o Vera Cruz (1952), para além de outros como o Pátria (1947), o Império (1948), e o Uige (1954).

A Companhia Nacional de Navegação teve ao seu serviço nove unidades, desde o Zambézia (1949) até ao Príncipe Perfeito (1961), passando pelo Angola (1948), Moçambique (1949), Niassa (1955), Índia (1951), Timor (1951), Quanza (1929) e Lúrio (1950).

Durante a Guerra Colonial, contingentes militares constituídos por milhares de jovens portugueses foram transportados nestes navios, em “missão de soberania", para os antigos territórios sob administração portuguesa, assim como funcionários do Estado ali colocados.

Há muito que a "morte" da marinha mercante estava latente: as deslocações marítimas foram substituídas por viagens aéreas, muito mais rápidas, a que se deverá acrescentar a perda das colónias, o que, em conjunto, levou a um decréscimo acentuado de passageiros.

Paquetes portugueses foram vendidos ao desbarato. Uns foram para a sucata, outros salvaram-se por terem sido transformados em navios cruzeiros de charme.

Atualmente, os mares são sulcados essencialmente por dois tipos de navios: transporte de mercadorias e cruzeiros turísticos.

Estes últimos são cada vez maiores, transformados em autênticas cidades flutuantes.

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Por mares (outrora) nunca dantes navegados

Estamos a reunir diariamente, num único local, os artigos incluídos na temática "Por Mares Outrora Nunca Dantes Navegados" que têm vindo a ser publicados, com regularidade, no âmbito das Efemérides. Esta tarefa estará concluída a 31 de dezembro de 2022.




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