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EFEMÉRIDES

Aconteceu a 10 de março de 1768



Nascimento do pintor português Domingos Sequeira

A 10 de Março de 1768, nasce, em Lisboa, o português Domingos António de Sequeira, considerado, em termos estéticos, pintor de transição do Neoclassicismo para o Romantismo.

Filho de um barqueiro, é educado na Casa Pia de Lisboa, tendo posteriormente frequentado, na Aula Régia, o curso de Desenho e Figura.

O seu primeiro trabalho é como decorador.

Em 1788, com apenas 20 anos de idade, recebe uma pensão de D. Maria I que lhe permite ir estudar para a Academia Portuguesa, em Roma, onde recebe aulas de pintura e desenho de Antonio Cavallucci, autor, entre outras obras, de Crucificação e Santos (1773), exposta na Galleria Nazionale di Arte Antica, em Roma.

Revela-se junto dos seus pares, em pouco tempo, um artista exímio, tendo sido convidado para dar aulas na Academia di San Luca, onde pinta a Degolação de São João Baptista, a Alegoria da Fundação da Casa Pia de Belém e a O Milagre de Ourique, obtendo diversos prémios concedidos por academias italianas.

Regressa a Lisboa em 1795, tendo vivido três anos no Convento da Cartuxa de Laveiras.

Em 1892 é nomeado pintor da corte portuguesa.

Em 1806, passa a dirigir a aula da Academia de Marinha, no Porto.

Os últimos anos da sua vida são passados em Roma, onde se dedica à pintura religiosa.

Morre, em Roma, a 8 de março de 1837.

A sua vasta produção artística encontra-se espalhada por diversos países.

Em Portugal, o Museu nacional de Arte Antiga, em Lisboa, expõe diversas obras deste artista, encontrando-se, igualmente, outras pinturas suas patentes no Museu da Cidade, em Lisboa, no Palácio da Ajuda, no Palácio Nacional de Queluz, no Palácio Nacional da Pena, em Sintra, no Paço Ducal de Vila Viçosa, no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, e no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto.

No Brasil, encontram-se obras deste pintor no Palácio Itamaraty, em Brasília, no Museu Imperial, em Petrópolis, no Museu de Arte de São Paulo e na Fundação Maria Luísa e Óscar Americano, em São Paulo.

Para além das obras que deixou em Itália, diversos outros museus espalhados pelo mundo expõem, também, pinturas suas, nomeadamente o Museu do Louvre, em Paris e o Museu Ashmolean, em Oxford.

Seleção de algumas das suas melhores obras

Moeda de César (1790)

Alegoria da Fundação da Casa Pia de Belém (1792-1794)
69 × 95, Museu do Louvre, Paris

O Milagre de Ourique (1793)
270 × 450. Castelo d'Eu, Eu (Sena Marítimo)

Pregação de S. João Baptista (1793)
Paço Ducal de Vila Viçosa

Deuses no Olimpo (1794)

Retrato do Príncipe Regente D. João (1802)
Palácio da Ajuda


Dom João, Príncipe Regente, passando revista às tropas na Azambuja (1803)
Palácio Nacional de Queluz


Retrato de D. Carlota Joaquina (c.1802-1806)
Museu de Arte de São Paulo


Retrato de D. João VI (c.1807)
Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto, Porto


Junot Protegendo a Cidade de Lisboa (1808)
Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto


João Baptista Verde e Mariana Benedita (1809)
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa


Alegoria às virtudes do Príncipe Regente D. João (1810)
Palácio Nacional de Queluz

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