A 16 de fevereiro de 1925, nasce, em Coimbra, o compositor e guitarrista português Carlos Paredes, conhecido por O mestre da guitarra portuguesa ou O homem dos mil dedos.
Era oriundo de uma família ligada à música há várias gerações. O seu pai, Artur Paredes, mestre da guitarra de Coimbra, em muito haveria de influenciar o seu estilo.
Desde muito novo, aprendeu a tocar guitarra. A sua mãe arranjou-lhe duas eruditas professoras de violino e piano, a quem deve – nas suas próprias palavras - a sua cultura musical.
Em 1934, o pai, funcionário do Banco nacional Ultramarino, é colocado em Lisboa.
Nesta cidade, Carlos abandona a aprendizagem do violino e enceta, com o seu progenitor, um estudo mais avançado da guitarra.
Em 1949, passa a ter uma colaboração regular num programa da Emissora Nacional, inscreve-se nas aulas de canto da Juventude Musical Portuguesa e torna-se funcionário administrativo do Hospital de São José.
Militante do Partido Comunista Português, é preso, durante alguns meses, entre 1958 e 1959, sendo expulso da função pública.
Em 1962, é convidado, pelo realizador Paulo Rocha, a compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos, a que se seguiram outras intervenções musicais no âmbito da sétima arte.
Em 1967, grava o seu primeiro LP, Guitarra Portuguesa.
Depois da revolução do 25 de Abril, é readmitido na função pública e percorre o país atuando em sessões culturais.
A 10 de Junho de 1992, recebe o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Falece em Lisboa, a 23 de julho de 2004, estando sepultado no Talhão dos Artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
A sua vasta obra como compositor e guitarrista está editada, desde 2003, numa caixa de oito CDs.
Estamos a reunir, num único local, os artigos sobre Música que têm vindo a ser publicados, com regularidade, no âmbito das Efemérides.