
A 7 de fevereiro de 1964, enquanto o presidente Lindley Johnson convoca uma reunião com os seus principais conselheiros políticos e militares, a fim de estudar a situação criada com o corte de abastecimento de água à base norte-americana de Guantánamo, Fidel de Castro afirma estar pronto a enfrentar uma intervenção militar dos Estados Unidos em Cuba.
Fonte 1: Diário Popular n.º 7658, de 07-02-1964, 22.º ano de publicação, pp. 1 e 9
Fonte 2: Diário de Lisboa n.º 14780, de 07-02-1964, 43.º ano de publicação, p. 16
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Em 1903, os Estados Unidos haviam assinado com Cuba um contrato de arrendamento de 116 km² de terra e água na baía de Guantánamo, pelo período de tempo que aqueles considerassem necessário, a fim de estabelecer naquele espaço estações carvoeiras ou navais.
O artigo III daquele contrato diz que, embora os Estados Unidos reconheçam a soberania definitiva da República de Cuba sobre Guantánamo, esta consente que, durante o período em que os Estados Unidos ocupem aquele espaço, exerçam nele completo domínio e jurisdição.
Fidel de Castro procurou, sem sucesso, desfazer esta concessão, nunca tendo utilizado os 4 085 dólares estipulados por este contrato, que vêm sendo pagos anualmente pelos Estados Unidos.
Depois do corte de água a Guantánamo, os Estados Unidos passaram a importar aquele líquido da Jamaica e construíram estações de dessalinização.
Estamos a reunir, num único local, os artigos sobre História que têm vindo a ser publicados, com regularidade, no âmbito das Efemérides.