
O Diário Popular de 6 de Fevereiro de 1964, transcreve um edital da Câmara Municipal de Évora, informando que se encontra aberta a inscrição para trabalhadores rurais com menos de 35 anos de idade e residentes naquele concelho que, sabendo ler e escrever corretamente, desejem prestar serviço em França, durante o período da cultura da beterraba.
O mesmo jornal comenta que «o alentejano, por natureza muito preso à terra onde nasceu, só a custo se resolve a desertar em busca de outras paragens» mas a falta de emprego durante todo o ano naquela região, leva a que muitos trabalhadores optem por essa emigração temporária.
Fonte: Diário Popular nº 7658, de 07-02-1964, 22º ano de publicação, p. 20
Para além de saberem ler e escrever, os candidatos à emigração temporária eram obrigados a comprovar que já tinham efetuado o serviço militar.
O Estado Novo não permitia a saída para o estrangeiro de jovens em idade de serem incorporados nas forças armadas, com receio de que estes fugissem à prestação do serviço militar obrigatório nas colónias.
Estamos a reunir, num único local, os artigos sobre História que têm vindo a ser publicados, com regularidade, no âmbito das Efemérides.