A 11 de janeiro de 1890, o governo britânico havia entregue a Portugal um memorando exigindo a retirada das forças militares existentes no território compreendido entre Moçambique e Angola, zona que era reclamada por Portugal.
O governo da monarquia portuguesa cede a esta imposição, procedimento que não agrada ao partido republicano.
Considera-se que este acontecimento tenha sido a principal causa para a ocorrência, a 31 de janeiro de 1891, na cidade do Porto, de um levantamento militar contra o governo da Coroa.
As forças revoltosas, vindas do Campo de Santo Ovídio (hoje Praça da República), descem a Rua do Almada, até à Praça de D. Pedro, (hoje Praça da Liberdade), onde, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, hasteiam uma bandeira vermelha e verde, símbolo do partido republicano, ao mesmo tempo que o Dr. Alves da Veiga, uma das figuras cimeiras desta revolta, proclama o governo provisório da República.
A multidão, sobe, de seguida, a Rua de Santo António, (rebatizada posteriormente para Rua 31 de janeiro em memória desta ocorrência), em direção à Praça da Batalha, onde é sustida, com muitos mortos e feridos, pela intervenção da artilharia e fuzilaria da Guarda Municipal, fiel à monarquia.
Fonte: Diário Illustrado n.º 6407, de 01-02-1891, 20.º ano de publicação, pp. 1 a 3
Origem da imagem: A Illustração, 1891, vol. 8, p. 73
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