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CHIQUINHO
o guardador de porcos

Autor
JORGE FRANCISCO MARTINS DE FREITAS

Excerto

Os primeiros raios de sol começam a iluminar, com timidez, a paisagem alentejana.

Àquela hora da manhã, vários descortiçadores já se encontram na ampla propriedade do fidalgo Afonso de Menezes, retirando, com golpes certeiros de machado, a cortiça que, há nove anos, vinha engrossando naquela zona do sobreiral.

Um rapaz magro, de estatura alta, aproxima-se dos trabalhadores. Era um dos responsáveis pela alimentação diária da porcada da propriedade, conduzindo os animais entre os sobreiros (ou chaparros, como são designados no Alentejo), para que estes se alimentassem com as bolotas que iam caindo no chão, quer de forma natural, quer através do batimento com uma vara.

Conhecido por todos pelo diminutivo Chiquinho, era filho de Maria Albertina e Custódio Silva, um casal de camponeses que sempre ganhara o sustento realizando tarefas rurais sazonais nas extensas fazendas alentejanas. Porém, as suas idades iam avançando e os proprietários agrícolas deixaram de os contratar, preferindo trabalhadores mais novos.

Com a jorna auferida pelo modesto trabalho que executava, o porqueiro sempre ia aliviando a agreste vida dos progenitores, não podendo contar com o auxílio da irmã, pois esta residia e trabalhava há vários anos em Évora, não se preocupando em ajudar os pais.

A maioria das pessoas considerava-o um rapaz tonto, pois este, isento de qualquer maldade, acreditava em tudo o que lhe diziam, o que, desde tenra idade, lhe vinha trazendo muitos dissabores.

Este excerto faz parte do livro de contos ENTRE PARAGENS, já disponível em livrarias de Portugal e do Brasil.

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