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O azulejo em Portugal

Portugal é o país do mundo que mais azulejos utiliza

A palavra azulejo tem origem no árabe azzelij que significa pequena pedra polida, podendo igualmente ser relacionado com o facto da maior parte da produção portuguesa utilizar sobretudo a cor azul no seu revestimento.

Os azulejos já eram utilizados na antiguidade, tanto na Mesopotâmia como no antigo Egito. Com a expansão do islão no norte de África e, mais tarde, na Península Ibérica, o azulejo foi trazido para o território que mais tarde seria Portugal.

O azulejo faz atualmente parte da própria identidade portuguesa: encontramo-los em todo o lado, revestindo não apenas fachadas e interiores de palácios e prédios de apartamentos como até em modestas casas que não prescindem do seu uso decorativo em cozinhas, corredores e outras dependências.

Existem excursões turísticas dedicadas apenas à observação de azulejos um pouco por todo o país, uma vez que a maior parte dos edifícios públicos e religiosos os utilizam. Basta, no entanto, andarmos de comboio ou de metropolitano para observarmos autênticas obras de arte no revestimento interior e exterior, tando das estações como dos mais modestos apeadeiros.

Os portugueses levaram para o Brasil o gosto pelos azulejos decorativos, deixando exemplares valiosíssimos em inúmeros palácios e edifícios públicos. Muitos blocos de apartamentos ainda hoje os utilizam. Nos restantes países de língua portuguesa, embora em menor quantidade, podemos encontrar, igualmente, belíssimos exemplares, sendo ainda hoje utilizados no interior de alguns edifícios modernos.

Vários países utilizam hoje o azulejo mas, em nenhum outro, encontramos exemplares artísticos tão proeminentes e em tão grande quantidade como em Portugal.

É imprescindível a realização de uma visita (mesmo que virtual) ao Museu do Azulejo, em Lisboa.

A imagem apresentada no topo deste artigo, que pode ser observada na estação ferroviária de São Bento, na cidade do Porto, representa uma cena lendária da História de Portugal:

D. Afonso Henriques pretendia tornar o Condado Portucalense autónomo dos reinos de Leão e Castela, cujo monarca era Afonso VII. Como a batalha de Valdevez entre os exércitos de ambos não tinha tido um resultado decisivo, D. Afonso Henriques retira-se para o castelo de Guimarães. Afonso VII cerca aquela fortaleza e só a abandona quando Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, lhe dá a sua palavra de honra em como D. Afonso Henriques aceitaria ser seu vassalo, abandonando a ideia de transformar o Condado Portucalense num reino independente.

O rei leonês e castelhano aceitou a palavra de Egas Moniz mas como D. Afonso Henriques não a acatou, decidiu apresentar-se a D. Afonso VII acompanhado da mulher e dos filhos com cordas ao pescoço, pondo as suas vidas nas mãos do monarca de Leão e Castela, por quebra da promessa de honra que fizera.

Impressionado com este ato, Afonso VII não só lhe concedeu o seu perdão como o presenteou com favores.

Mais imagens de azulejos portugueses


Estação das Laranjeiras do Metropolitano de Lisboa


Exemplares de azulejos


Exemplo de fachadas


Exemplo de uma fachada interior


Exemplo de um mural de ajulejos nums estação ferroviária

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