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Em 1886, a Sociedade de Geografia de Lisboa tinha apresentado um mapa a que foi atribuído o nome de Mapa cor-de-rosa representativo da pretensão de Portugal a exercer soberania sobre os territórios
entre Angola e Moçambique, espaço que hoje abarca o Malawi, o Zimbabué e a Zâmbia, o que colidia com o objetivo britânico de ligar, por terra, a cidade do Cairo, no Egipto, com a cidade do Cabo, na África do Sul.
A 11 de janeiro de 1890, o governo britânico intima Portugal a retirar as forças militares que permaneciam naqueles territórios, o que incentivou o patriotismo da intelectualidade portuguesa contra os britânicos.
A 1 de fevereiro de 1890, no decorrer de um sarau no São Carlos exibindo bailados da ópera cómica em três atos Dibnorah, é executada, pela primeira vez em público, A Portuguesa,
com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil: «Contra os Bretões, marchar, marchar» incentivava patrioticamente aquele cântico que, mais tarde,
se tornaria o Hino Nacional de Portugal, substituindo a palavra Bretões por canhões.
Fonte: Diário Illustrado n.º 6047, de 01-02-1890, 19.º ano de publicação, p. 3, col. 2, Secção Espetáculos

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