
A atriz Carmen Dolores faleceu hoje, em Lisboa. Tinha 95 anos.
Havia nascido na mesma cidade, a 22 de abril de 1924.
Aos 14 anos de idade já recitava poemas na Rádio.
Participou no teatro radiofónico da Emissora Nacional, hoje integrada na RTP – Rádio e Televisão de Portugal, tendo também sido locutora.
Estreou-se como atriz no Teatro Trindade. A sala principal deste casa de espetáculos, pertença do INATEL, ostenta, desde 2018, o seu nome. Ao longo da sua carreira, participou em diversas peças no Teatro Nacional D. Maria II, no Teatro Avenida, no Teatro Moderno de Lisboa, no Teatro Aberto e no Teatro Experimental de Cascais.
No cinema, participou nos filmes
• Amor de Perdição, 1943
• Um Homem às Direitas, 1945
• A Vizinha do Lado, 1945
• Camões, 1946
• Três Espelhos, 1947
• A Garça e a Serpente, 1952
• O Princípio da Sabedoria, 1975
• Balada da Praia dos Cães, 1987
• A Mulher do Próximo, 1988
Na televisão, entrou nas telenovelas Passerelle, A Banqueira do Povo e A Lenda da Garça.
Fundou a Casa do Artista conjuntamente com Raul Solnado, Armando Cortez, Manuela Maria e Octávio Clérigo.
É autora do livro de memórias Retrato inacabado e coautora, com Tito Lívio, da obra Teatro Moderno de Lisboa – 1961-1965 – Um marco na história do teatro português.
Entre as muitas distinções que lhe foram prestadas, salientamos o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, concedido pelo Presidente da República Jorge Sampaio e as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, atribuída pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.
Estamos a reunir, num único local, os artigos sobre Teatro, Cinema, Rádio e Televisão que têm vindo a ser publicados, com regularidade, no âmbito das Efemérides.