A 21 de janeiro de 1961, morre, em Lisboa, João Henrique Pereira Villaret, ator, encenador e declamador português.
Artistas e intelectuais desfilaram perante a urna com os restos mortais de João Villaret e milhares de pessoas estiveram presentes no seu funeral, numa impressionante manifestação de pesar.
Fonte 1; Diário de Lisboa nº 13688, de 21-01-1961, pp 9 e 10 Fonte 2; Diário de Lisboa nº 13689, de 22-01-1961, pp. 1 e 14
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Todos os jornais cariocas lamentam a morte de João Villaret, considerando-a uma grande perda.
Traduzindo o sentimento dos seus colegas brasileiros, o ator Sedi Cabral declara: «Perdeu Portugal o seu maior artista teatral moderno e o Brasil uma das maiores figuras que, em todos os tempos, passaram pelos seus palcos».
João Villaret nasceu em Lisboa, 10 de maio de 1913.
Nos anos trinta, após ter terminado o Liceu, Villaret começa a dedicar-se ao teatro, atingindo rapidamente grande notoriedade graças a um talento inato para representar e a uma enorme propensão para interpretar textos declamados.
As suas interpretações como declamador de poemas ainda hoje permanecem na nossa memória, com destaque para Procissão, de António Lopes Ribeiro, Cântico Negro de José Régio e O menino de sua mãe, de Fernando Pessoa.
Muitas das suas interpretações encontram-se disponíveis no arquivo que a RTP disponibiliza na internet e, entre outros meios audiovisuais, num álbum com um recital por ele dado no Teatro São Luís, em Lisboa.
No cinema, Villaret faz breves aparições no Pai Tirano de António Lopes Ribeiro (1941), em Inês de Castro e Camões, de Leitão de Barros (1945/46), Três Espelhos, de Ladislao Vadja (1947), Frei Luís de Sousa , de António Lopes Ribeiro (1950) e em O Primo Basílio, de António Lopes Ribeiro (1959).
Estamos a reunir, num único local, os artigos sobre Teatro, Cinema, Rádio e Televisão que têm vindo a ser publicados, com regularidade, no âmbito das Efemérides.